Como já não debitava aqui umas palavrinhas há um bom tempo (as outras têm ido para a tese), deixei passar o 25 de Abril em branco. Mas ainda vou a tempo de despejar aqui umas considerações sobre a revolução e ao que nos trouxe.
Falar do 25 de Abril por experiência própria é impossível, já que em 1974 estava literalmente dividido entre um espermatozóide e um óvulo. Aliás, se calhar nem isso.. pelo que sei de biologia as mulheres têm muitos óvulos armazenados nos ovários que vão amadurecendo ao longo do tempo (sim e o resto é quando o Benfica joga fora *cof*). Do mesmo modo, desconfio que os espermatozóides de meu pai tenham se mantido constantes durante 7 anos (pobre coitado!), e portanto posso afirmar com um certo grau de certeza que naquelo ano só existia metade de mim, num óvulo imaturo. Resumindo, ainda não tinha nascido. lol
Só posso falar pelas histórias que se contam e que não haja qualquer tipo de dúvida que foi um marco importante na história do nosso país. Só temos de agradecer a quem, directa ou indirectamente, lutou para que fosse possível.
Mas então passamos de uma ditadura para uma democracia. Sempre fui da opinião que a democracia (tal como a conhecemos) não é o regime ideal. Podem-me perguntar "então qual é?" e eu respondo "não sei". Mas digam-me qual é a diferença entre uma ditadura e um governo com maioria absoluta? A forma como eles lá chegaram? É verdade, foi através de eleição directa. Por falar em eleições envergonho-me de NUNCA ter votado, mas mudar a residência dos Açores para o continente não me traz grandes vantagens, senão a TAP passa a mamar ainda mais do que já mama. E aquela coisa de voto por correio dá-me a sensação de muito trabalho. Mas, tenho a vantagem de poder dizer a alguém que votou "Já viste a merda que fizeste!?!?" Continuando.. uma maioria absoluta na minha opinião é contrária à democracia e ao direito de participação nas tomadas de decisão dos outros partidos legitimamente eleitos por uma parte, também ela legitima, da população. Talvez de não pudesse haver maiorias absolutas as coisas fossem menos más (melhores com a qualidade dos políticos que temos não se adequa).
Quanto aos políticos que temos e como os elegemos para cargos políticos, mais vale nem falar muito. São uns papagaios que sabem falar muito e fazer pouco... não percebo como é a classe política a governar um país em vez de engenheiros, médicos e pessoas que percebem de coisas (coisas é uma palavra que vai bem com tudo! lol). Os políticos podiam ficar com os cargos diplomáticos já que têm o "dom de dar a volta". Quanto a nós, temos responsabilidades. Vejo a esmagadora maioria das pessoas a votarem nos nomes dos partidos e não nas ideias e projectos que esses mesmos partidos apregoam nas campanhas eleitorais. E assim, uma percentagem da população (uns não mais que 10%) é que vão decidindo o próximo governo, alternando entre um partido e outro à espera que alguém em 4 anos faça alguma coisa.
Mas sem espiga, já que estamos demasiado ocupados com as nossas próprias vidas para ligar a estas coisas "insignificantes".
2 comentários:
Muitas pessoas se esquecem, mas Hitler foi eleito por uma maioria e vê no que deu... Ainda ontem falava com o meu pai sobre o estado do País, e eu defendo a existência de uma ETA por cá! Só quando os políticos começarem a cair que nem tordos com tanta chumbada é que vão ao sítio :P
Mano de Setúbal!
LOL, mano
Acho que ali na Belavista é bem capaz de se formar uma ETA num instantinho, que eles já têm as caçadeiras para mandar abaixo uns tordos! lol
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