De volta à realidade, após uma semanita de
faire-rien.. A assinalar:
- Mãe, escusas de me vir ao quarto acordar, quando faltarem 20min para estar no aeroporto, com malas por fazer. Tenho o despertador do telemóvel controlado, como já vem sendo hábito há muito: ou fico estúpido a olhar pra ele sem saber que raio de engenhoca é aquela, ou simplesmente me embalo novamente com a música. Já tinha dito que passava a chegar em cima da hora do vôo!
- Gosto tanto de conduzir com meus pais no carro. Meu pai vai sempre agarrado àquele apoio em cima da janela e minha mãe a meio do banco de trás a olhar para o conta-quilómetros. Mas não "piam".. :)
- Mesmo assim, até cheguei a tempo, porque na minha terra toda a gente chega em cima da hora também. Só o cruzeiro do canal sai a horas ali.
- Quando dei por mim, chamava-me Silveira em vez de Silva. O Silva já estava dentro do avião e por momentos tive um crise de identidade... Também quando olhei para o lugar 28D ia-me dando uma coisinha ruim! Sim, porque este lugar pertence à última fila do avião. E depois? Ora bem, fui o último a comer e como depois do almoço deu vontade a toda a gente de ir a casa de banho, o meu banco abanava mais do que uma palmeira, comigo a querer dormir!!! Sons of bitches, I say...
- Chegar a Lisboa, apanhar táxi, apanhar autocarro, apanhar táxi, lanchar, e apanhar outro táxi para ir buscar o carro que tinha deixado no parque do politécnico. Aqui foi a jóia da coroa: um azeiteiro (com o casaco, camisa aberta, pulseiras de outro e afins...) a ouvir uma música que não consigo ainda bem catalogar. Mas sei que dizia algo do género: "Cegonha que estás aí em cima..." "Cegonha tens as penas brancas..." e para cúmulo o homem sabia a letra!! O que é verdade é que a música dava-lhe uma pica desgraçada, porque não podia ver ninguém numa passadeira que começava logo a dar os máximos e a acelerar. É ele e eu no meu Lamborgini Galardo no Need For Speed...
Resta-me agora despachar uma tese que já é um peso em cima dos ombros... mas só a partir de amanhã!